quinta-feira, 27 de maio de 2010

O sincronismo da vida



Embora não aparente muito, eu penso.
E lá estava eu, mais uma vez pensando enquanto caminhava, no calvário entre minha casa e o serviço.Desta vez foi ao contrário.Do trampo a casa, tipo "sozinho pela madrugada".Deve ser título de música sertaneja.

A elucubração da vez foi o sincronismo da vida.Como ela é perfeitamente sincronizada, que os eventos de nossa vida seguem uma metódica arrumação matemática, que nem sempre percebemos que ela ocorre.
Lógico que como xereta que sou, e "metido a entendido" ( os telhados e pescoços falam por conta) foi pesquisar no oráculo, google, amém!

E um dos artigos que trouxe alguns bons pensamentos, entre tantos ruins, como curso de dinamite e explosões quando se aproxima campanha eleitoral, é este da revista superinteressante , que no interior de Santa Catarina, lá perto de onde fiz a minha estréia se chama "Armanaque Baguá de instigante".Enfim,tirando o frio, ótimo lugar!

E ai no meu "cerbro" fui processando algumas informações e pensamentos, lembrando de uma conversa recente com uma pessoa a qual ele questionava até de forma cética, como é que a magia, como o magista, o rezador, podia através do uso de ritos, palavras, gestos,cantos, danças, oferendas, em diversas religiões, alterar situações, em prol de uma coletividade ou de benefícios unos.Na conversa óbvio, foi considerado também não só aspectos de manipulação de um ser humano, mas dele dotado de uma possessão espiritual, o que daria mais "força" ao processador, ou vice versa, afinal embora alguns digam que a pessoa "morre" durante o transe, que não exista participação nenhuma do dito "médium", eu acredito que haja e que da mesma forma que seja significativa a participação da entidade primordialmente, o axis, seja também importante o "ânima" do médium, não somente nos aspectos de mecanização ritual, mas também na forma ética, que não necessariamente precise seguir os padrões que a sociedade delimita.

Se não precisasse do médium, ora as entidades, "espíritos santos" e afins, baixariam em samambaias ou no IML.Talvez na loja de brinquedos.Bonecas e bonecos.
Já imaginou o Exu baixando no "Falcon" e pomba-gira na "Barbie"?

A conversa seguiu por livre arbítrio, energia, magia, misticismo, medicina popular, enfim papo para 3 dias.
Lógico que assim de "supetão", algumas perguntas ficam sem uma resposta salutar.Até elas acabam suprindo ao perguntador, mas na minha cabeça fica um martelinho batendo dizendo "tóim, tóim, não é isso ainda...falta algo.."    
E ai foi quando me lembrei da chamada "sopa cósmica", um amaranhado, uma rede como costumam dizer de energia, de elos que fazem com que o universo siga uma ordem dentro de uma desordem aparente.
No artigo que li cita muito bem este amaranhado, esta sopa, e até indo a física moderna,quântica e os cambaus, falando sobre como partículas pequenas se deslocam a velocidades fora de nossa medida.
Vejam que frase interessante:
“A sincronia se manifesta do subatômico ao macrocosmo, em escalas de freqüências que variam de bilhões de oscilações por segundo a apenas um ciclo em 1 milhão de anos”

Podemos deduzir que a harmonia de grandes eventos começam pelos "pequenos" eventos e ai não pude deixar de pensar em religião, em Umbanda, em Candomblé, em Macumba, em suma nas religiões em geral.
Se um cientista consegue fazer com que uma partícula se desloque a velocidade próxima a da luz, que passe por uma placa de metal, que produza arranjo, harmonia , o que nossa mente, nosso cérebro não consegue? dizem que o corpo humano gera eletricidade, que um orgasmo de uma mulher é capaz de acender uma lâmpada (por isso uso meias, e não me venham com a história do "fio terra").As ligações entre os neurônios são pulsos eletromagnéticos ( se falei besteira, já foi).

Pela dita "magia",pelo deslocamento de energia ao nível atômico, acontecem os milagres, a harmonia, e não quantas vezes vimos em terreiros, ou em outras religiões, pessoas que não estavam "harmonizadas", "sincronizadas" com o mundo que a cerca, ou digamos, com ela mesma. Uma religião irá dizer "está em falta com o Orixá".Ora, a menos que tenham mudado de categoria, Orixá é natureza, é essência de atributos naturais, e oferendar, "fazer o santo", manter a simbiose através de ritos, de danças.
Ou então, da-lhe água benta, ou na moda, sessão descarrego via televisão.Ops! será que as ondas eletromagnéticas do pastor acabam vindo pela antena? com TV digital deve ser mais rápido ainda.

Quanto ao sexo dos anjos, como é feita este envio de energia, acredito que o povo "lá de cima", "do lado", "de baixo", sei lá, é que sejam os devidos veículos desta energia, prótons, íons, fótons, muons, gluons, neutrinos, quarks (copiei ok?..kk), ou de formas de energia que nossa pequena mente de barata tonta, humana jamais terá compreensão de entender. 


Viver, estar de "bem" consigo é estar em harmonia com o universo e com o mundo que lhe rodeia.E como diz o final do texto da superinteressante,a harmonia depende de você.Ou seja, quem planta, colhe.


Que Olorum nos guie a caminhos de fé e sabedoria e que me ajude a acertar a formatação do texto. 
                  

domingo, 23 de maio de 2010

Malungo

Não vou mentir.

Quando recebi a primeira vez o Malungo, "versão xerox", a primeira edição, pensei "putz que saco ler isto, muito complicado pra minha cabeça".
Mas na biblioteca (WC) passou a ser minha leitura preferida, superando a página de esportes do jornal.

Posso dizer que literalmente foi uma paixão que foi crescendo a cada evacuada, a ponto de ler 3 vezes, fora os grifos.
Passou a ser referência e um indicador ao pensamento.Digamos uma "musa".O que seriamos sem elas?

Não vou ficar alongando demais e nem colocar uma sinopse mal feita, até para não estragar a leitura de quem se interessar.
Posso dizer que tem lá as escorragadinhas dele, afinal é uma pesquisa de campo, assim como o Prandi, não conseguiu o autor conhecer a todos os terreiros do Brasil.
Mas no geral, na questão antropológica, na psicologia da religião, falando sobre ego, personas intra médium, elementos formadores da religião, o destrinche dos ritos, indo buscar na minha opinião,uma das melhores concepções a respeito dos ritos e mecanizações, o uso do fumo, as velas, os pontos riscados, a simbologia da Umbanda e a eficácia da magia.
Assim como muitos antropólogos, o Bentto se apaixonou pela religião, a ponto de uma segunda edição, revisada e com acréscimos de conteúdo.
Como todo livro de antropologia, sociologia tem uma parte chata de ler.As teses que o digam, mas depois que engrena uma terceira marcha, vai que uma beleza!


Em tempo:Não ganho comissão.Aliás, o pagamento já foi feito.O prazer de divulgar.

http://www.benttodelima.com.br/Livros/Cod/3

Que Olorum nos guie!

(Olorum, nome dado pelas culturas Afros ao "Deus" criador do Universo, presente em tudo e em todos, sem forma, sem personificação.O universo é "Olorum".)

Fim ou começo?

O que há para ser dito?
O que ainda há para ser debatido?
Esgotaram todas as alternativas de debate sobre Umbanda?

Fuço e refuço nos fóruns, sites e blogs e de uns tempos para cá vejo uma mesmice, assuntos que já são mais do que masserados, como imolação, culto a Orixás, se é Cristã ou não, divisão de "falanges" ( como se houvessem poderes para saber se a terra do Peter Pan é piramidal), pessoas que repetem sempre o mesma discurso, neófitos querendo saber se o Exu tem rabo e chifre, querendo saber as características dos arquétipos, para ele "cavalo", montar o seu.Alguns pelo que sei, chegam a treinar a performace em casa, inclusive como o Baiano vai dançar no terreiro.É o tal do raio saindo da terra e subindo aos céus.

Nesta falta de assunto, são puxados assuntos para tampar as lacunas, como se Umbanda cultua gnomos, duendes e elfos.Tem coisas que me parecem mais "senhor dos anéis" do que Umbanda.

Definir Umbanda pelo que vejo, não é dífícil.Vamos tentar?então vamos:
Umbanda:Culto de possessão de entidades ancestrais, consanguíneas ou não, com passagem terrena de época distante ou contemporânea, cujos os padrões de arquétipos manifestados são essencialmente  Brasileiros, os Pretos velhos, Caboclos, Crianças e Exus.

Ai começa a problemática e não a sulucionática, como diria dadá maravilha.Cada um vai puxando a sardinha para o braseiro, não quando dizendo a "minha Umbanda é a certa" e as outras "as erradas".E assim caminha a religião.

Mas e o que ainda há para ser dito?
Fora as viagens na maionese, acredito que muito há para ser constantemente dito, afinal é uma religião fresquinha, nova em comparação a outras tantas, bem dogmatizadas, e por ser uma religião em acomodação de valores, mutável, que tem em sua mescla, desde catimbó, tereco, batuque, candomblé, pitacos de catolicismo, tem até com daime, e por ai vai.

Temos muito a dizer, por exemplo a lei do fumo, que entrou em vigor, a lei do silêncio, as leis ambientais, a fiscalização dos meios de comunicação, que para obter ibope, se um louco insano fura o filho, enteado, com agulha  o Bonner solta o verbo "Magia negra na Bahia".

Talvez o que haja ainda muito a ser dito seja a ética.Qual é a ética da Umbanda?O que tem sido pregado dentro dos terreiros como ética? É uma ética cristã? Afro? India? Segue os padrões da sociedade, não matar , não roubar, honrar pai e mãe? "Ha Laércio,mas não são os 10 mandamentos".Olha meu caro leitor, se você está de pé, sente, pois a maioria dos padrões éticos do baixo mediterrâneo, que acabaram influenciando não só o cristianismo, mas vários padrões sócio-culturais, vieram da África bem antes de Moisés ter aberto o mar.Isto é um longo tema que no decorrer que minha paciência permita irei postando.      

Espero que os assuntos que rodam nos fóruns e blogs não sejam um fim, e sim um começo de uma unidade, o que acredito que não irá mexer nas estruturas internas de cada feudo, mas mostrar que o terreiro do vizinho não é bicho papão, e quem além dos muros do próprio terreiro, existe vida.

Que Olorum nos guie a caminhos da razão.              

sábado, 22 de maio de 2010

Um País de imbecis



Lá vinha eu, subindo a ladeira, pensando na vida, e contando os palanques do viaduto sobre a via expressa, no calvário dos 20 minutos de casa ao serviço, quase de madrugada, lá pelas 8:30.Contar cerca, palanques deve ser algo meio "monk", ou autista, não sei ao certo.

Ao olhar a minha direita, vejo um rapaz sentado em frente a sua casa ( a dele, para não haver dúvidas...ó lingua ingrata...como devem ser as conjugações verbais da mongólia?) com boné ( acho que os bebês hoje em dia já nascem com eles) calça jeans e tênis, com um "rádio", cd player creio eu bem a frente, tocando uma pérola do cancionero popular brasileiro, como diria Rolando Boldrin (onde será que anda aquela desgrama?), uma música que enche nos olhos de lágrimas............de tristeza!!!!

Querem algo mais erudito do que "vai, vai, enfia, enfia, sou sua potranguinha"....ou "estou atoladinha, molhadinha, encharcadinha ( com ch mesmo), e por ai vai.

Até parei, fiquei olhando e depois nos últimos 500 metros de sprint final ao "trampo", fiquei pensando que fim levou os pensadores, a música brasileira, a cultura.Foi engolida por quem? O que as escolas estão dando as nossas crianças?Que futuro de cabeças estamos construindo?

Passagem 2: Dias antes, lá estava eu em minha mercedez com chofer (busão) e adentram alunos de uma escola.No meio da aquela algazzara típica juvenil, escuto um menino descendo a lenha na "fessora", na escola e que não estava mais com vontade de estudar.
Entre outras abobrinhas, resolvi me meter e dizer a ele, que se ele quer no futuro algo de melhor a ele, que mesmo que não seja Phd, ou formado em universidade, que terminasse o segundo grau, e fizesse cursos profissionalizantes, ou um teste vocacional.
A resposta do menino, literalmente:
"haaaaa tiu, pá que instudar, se o Lula virou presidentí sem estudá, sem diploma..."

O menino foi salvo pelo ponto seguinte, que era o meu, e desci, senão nos jornais do dia seguinte haveria " homem de meia idade esgana menino na roleta".
Lamentável, não?
Bom, não sou um primor na gramática e abençoado seja o corretor do word, mas que País teremos daqui a 20 anos? O que está sendo dado de cidadania a esta geração?
Ou apenas novela das oito?

Felizmente existem abnegados que fazem uso de seus espaços para aplicar a comunidades locais, sem subsídio nenhum dos orgãos públicos , cursos, música, artes e esportes.
A tempos atrás em um seminário foi falado muito a respeito dos terreiros serem um centro de resistência, de manutenção da cultura, seja ela Africana de base ou Afro-Brasileira, e tenho que concordar que realmente quando um terreiro tem pessoas que demonstram interesse, ele consegue atingir dentro de suas possibilidades de logística, a comunidade e levar a eles um pouco de diversidade  ou pelo menos um indicador a juventude para que no mínimo não caiam no ostracismo e como diz o ditado "cabeça vazia, oficina do diabo".

Diria que não somente os terreiros, mas a religião em si tem um papel de motivação a juventude, de complementar juntamente com a escola os alicerces do jovem, repito, ajudar a alicerçar (porque aqui é com "ç" ?)  e não criar os filhos alheios, pois tem muito pai por ai que faz o bicho pro filho entrar na universidade, de preferência em curso integral, para dizer "ufa, agora tem quem vai criar meu filho".Putz, que atestado de incompetência como pai e mãe.      

Por outro lado, enquanto as malas e cuecas enchem no planalto central, dando uma de "mãe diná", devem pensar, "ora, pra que vamos construir escolas, melhorar a folha dos professores, dar mais condições de ensino se tem uns tontos que fazem isto por nós, e melhor, com o dinheiro "deles"".

Mas tudo ser revolve e junho o mundo se transforma.Acabam as guerras, a fome, a míséria, a corrupção, o desemprego, afinal é COPA DO MUNDO!!!!!.



        

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Seriam os Deuses astronautas, santos ou padres?


Seriam os Deuses astronautas, santos ou padres?
Uma das coisas que bem lembro quando aprendi pescar com meu saudoso Tio Juca, é que não se deve puxar na primeira beliscada do peixe, no primeiro sinal, pois pode ter sido a chumbada que tenha rolado no fundo, um inseto que tenha batido na linha, ou a correnteza do rio.
Mesmo em lagoas de águas paradas, os açudes é sujeito a tanto tipo de bichos que não são peixes, sapos, cobras e pirambóias.Eita bicho ruim de tirar da linha!.
Costumo usar como uma forma de comparar situações, sem de cara tirar uma conclusão ou já ir batendo um veredicto a respeito.Digamos que com isto me tornei um bom "advogado do diabo".Os bate-bocas em fóruns que o digam.

O assunto nas rodas foi o padre Silvio Andrei pego na cidade de Ibiporã-PR, peladão, peladinho, embriagado segundo os jornais e fofoqueiros de plantão.
A primeira reação de alguns foi de dizer "está vendo??? é pedófilo!!!", outros e outras desmontaram a prantos e choros, pela "destruição de seu mito", pois tinham o padre como imaculado, santo e perfeito, quase sentado ao lado de Deus Pai todo poderoso, Zeus.
Obviamente está acontecendo todo um exagero na divulgação do fato, inclusive com divulgação de fotos em poses e algemas que as colunas sociais irão adorar, principalmente as que querem ver a caveira da Igreja.Não sei se é vero ou não, mas me parece que somente a Tv record teve prioridade e exclusividade no ato da prisão.
Desmonta o "mito"? Não sei, afinal como disse um católico a mim:"mesmo que Jesus não tivesse morrido na cruz, tivesse tomado todas, casado com Madalena e fugido para a Turquia como mortal.Que o "cara foi porreta" ha, foi!!!".

Obvio que uma pessoa que está em uma posição sacerdotal deve ser avaliado, antes de receber tamanha responsabilidade, ou durante o processo.Se a Igreja diz ser tão correta em dogmas e lastros, um homem público não poderia estar vivendo a base de depressivos ou em dilemas de personalidade.Vai saber o que ele conversa com o travesseiro.  

Por outro lado, tal situação mostra que ninguém é um super homem, ou mesmo em contato direto com "Deus", Ministro dele, dá "imunidade parlamentar", que não pensa, não sofre, não tem conflitos, desejos, sonhos e angústias.

Coerência acima de tudo.Nem Deuses e pelo menos, seres humanos um "tiquinho" melhores.Haja esforço.

Que Olorum nos guie!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Ah "Nerso", só tu "Nerso"...

Mudança é algo trágico, especialmente quando nos deparamos com aquelas quinquilharias que carregamos durante décadas, tipo álbum de figurinhas dos chicletes ping-pong da copa de 82, ou a imaculada coleção de tampas de garrafas de cervejas.
Usei a seguinte técnica: caixa do "vou decidir", caixa do "vou jogar fora", e caixa do "não vou jogar fora".
Estranhamente a caixa do "vou jogar fora" não encheu.Até pensei em desmaterialização, em abdução, mas depois percebi que é teimosia mesmo. 
Quando chega na sessão "livros" a dor no coração é grande em jogar fora, dar ou vender.
O "peor" que atrasa tudo quando começamos a ler durante a arrumação.
Algumas leituras e releituras valem a pena, e como estamos em época do evento mais importante depois da formação do Universo, a Copa do mundo, acabei lendo de novo o "Nerso".
Se eu fosse "Deus", depois da Merlin, seria o "Nerso" que eu tiraria da cova de volta a vida.E pensar que o cabra era cego, mal enxergava o campo.
Creio me me identifico com ele, pois atualmente mal enxergo o monitor.Por um tempo achei que minha visão estava indo mal, porém depois de usar uma flanela percebi que a gordura não era em meus olhos.

Recomendo aos amantes do futebol e da boa escrita, a leitura deste livro.Sinopse? não vou estragar a degustação.

link:
http://www.scribd.com/doc/7829055/A-Sombra-Das-Chuteiras-Imortais-Nelson-Rodrigues


   

domingo, 9 de maio de 2010

Pretos Velhos,Pretas Velhas


No Dia 13 de maio é comemorado o Dia da Abolição dos Escravos.Resta saber qual escravos.Opa! aqueles que a "polaca" Isabel passou a caneta para fazer com que eles fossem a partir daquela data, livres , leves e soltos, tipo comercial de margarina de baixas calorias.Até parece que mudou muita coisa.Rui Barbosa que o diga.

Na maioria dos terreiros de Umbanda que trabalham com esta "linhagem" de Entidades, neste mês e próximo a esta data são feitos festejos em homenagem a eles.

Bem, mas o que são "Pretos Velhos"? Dando uma fuçadinha básica por ai, em média temos várias denominações.Uma são até bem bonitinhas:

"São entidades da falange da Omulu, Abaluaê, do sétimo padrão vibratório em conjugação com a vigésima quinta constelação de aquário, cruzado com a vibração do cruzeiro das almas sentado a direita de Deus pai, filho de Nossa senhora do Carmo.Fumam cachimbas, bebem vinho, falam calmos, são grandes conselheiros e tem uma paciência de "Jó".Não foram na "verdade" ( na verdade é bom heim..) Pretos velhos e sim médicos, astronautas, monges Hindus, Austriacos e remotam na Umbanda desde os "tempos perdidos" de continentes que não existem mais".Fim.

Eu fico imaginado como fica a cabeça de um neófito quando se depara com definições ou tabelas de falanges de Pretos Velhos.Ou deve pirar o cabeção ou viajar bem na maionese.

Bom, vamos aos fatos.
Se estamos falando de Umbanda, estamos citando neste contexto toda uma conjução de ANCESTRALIDADE contida na religião, em seus ritos e tradições.Não há como falar de Pretos Velhos sem que tenhamos que saber um pouco, no mínimo que seja, dos exôdos a forceps dos Africanos ao Brasil.Não só os Yorubás, que serviram como referência por ser o parâmetro mais forte, mas os Congos, Angolas, JeJês, Malês (mulçumanos), enfim falar de Africa não é só falar de dois ou trêis países e sim de um continente todo, rico em tradições culturais e sociais que influenciaram toda a formação de parte do ocidente e do (guarde seu preconceito na gaveta antes da próxima frase) Brasil.

Um mito é que antes dos idos de 1900 é que não havia manifestação de Pretos Velhos.Na tradição Angola, Bantu, os antigos feiticeiros, sacerdotes, "velhos" com eram chamados eram invocados, os chamados "Tatas", Os pais velhos, os sábios.
Ganhou tipo de "o bom negro velho" depois que houve a "mistura", o clareamento da Umbanda, dando mais ares de conversão e "catolicização" do Africano,algo como o "bom selvagem domesticado", convertido ao cristianismo.
A história conta que realmente alguns por comodismo (para ter soldo, gozar de feriados e ter nome aceito socialmente) fizeram a opção pelo catolicismo, mas a grande parte, se mativeram fiéis as suas tradições de origem.

A idéia geral é que quem era Preto velho tinha 70, 80 anos.Não é tão real esta concepção, pois a expectativa de vida era pequena, e poucos, muito poucos chegavam a 50, 60 anos.Com a Abolição,piorou muito, pois mesmo escravizados, tinham mais cuidados dos senhores com a saúde.Soltos e vivendo a margem da sociedade, doenças como cólera, desidratação, tuberculose faziam com que a mortandade fosse grande.
Sem falar que ainda eram vítimas de "purificadores" , uma klu-klux-kan a brasileira.(parece que nos últimos 100 anos a coisa não mudou muito). Não vou ficar aqui esmiuçando todo este contexto, afinal é um blog e não tese.

Eu acredito que a partir do momento que uma entidade, um espírito, um egum, venha a se apossar, incorporar em um médium de Umbanda em um ritual de Pretos velhos, usando dos trejeitos, fazendo menção a uma ancestralidade Africana, mesmo que seja considerado que tenha nascido e tenha tido vida no Brasil, eu o reverêncio, cultuo e faço os devidos tratos como Preto Velho.Se ele foi dinamarquês, ou japonês, creio que não compete a nós ficarmos tentando tirar leite de pedra, ou ficar discutindo o sexo dos anjos.

Umbanda é uma religião de ancestralidade, não somente africana.Todas as formas de ancestralidade devem ser postas a conhecimento as claras aos neófitos, para saberem exatamente quais são os tipos e arquétipos que são cultuados.Fora isto, na minha concepção, é mascarar o contexto com preconceito.

Entoces, por mais anímico que possa parecer o transe de um "cavalo" dentro de um terreiro, tenhamos o respeito e a consideração que ali está a representação, um digno representante não de uma unidade, e sim de toda uma história de um povo.Não me refiro somente aos Pretos Velhos, mas de todo o panteão de Umbanda.

Indico alguns links.Recomendo que baixem e leiam com atenção.Serve de bom parâmetro e guia a estudos mais aprofundados, embora digam que "Umbanda não se estuda....".

http://www.lai.su.se/gallery/bilagor/SRoLAS_No4_3.%20Registros%20da%20escravida%CC%83o.pdf

www.casadeculturaaruanda.org/biblioteca/umbanda_pretovelho.pdf

Que Olorum nos guie!

sábado, 8 de maio de 2010

Quem somos, onde estamos.

Uma boa iniciativa.
Não custa (literalmente) ajudar.

"E o Keko"?

Intolerância, preconceito.
"Não está me atingindo".

Ora, fácil não?

Enquanto nosso meio religioso ficar se esquivando e jogando a responsabilidade para os outros resolverem, nunca teremos o espaço religioso reconhecido.

Fica a frase:
"Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei. No dia seguinte vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei. No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico. Como não sou católico, não me incomodei. No quarto dia, vieram e me levaram; já não havia mais ninguém para reclamar”.  

Martin Niemöller, Pastor Luterano Alemão.

Bem casual e propicio a situação.

"Não sou do candomblé..ora os do candomblé que se virem com os problemas deles!!!.."
"..Então, sou "feito no santo", não tenho que participar junto com a Umbanda em defesa dos direitos.."


Que Olorum nos guie!



sexta-feira, 7 de maio de 2010

Aligatô salavá

Um dia ela vai pegar o Zumbi e jogar na frente da prefeitura..
Como ela mesmo diz, nada contra os "japongas", mas não custava (ou custa e não sei..) um local para colocar a estátua de Zumbi dos Palmares.
Aliás, o justo e certo seria uma praça da nações, ou então através de projeto municipal ( pela nossa eclética câmara de vereadores) espaços a diversidade cultural de Londrina.

O bosque podia ser local de Arriadas de Ebós, bem ao lado da Catedral. Encruzilhada é o que não falta.
Mas pode ocorrer de preferirem os fumeiros do que macumbeiros.

Que Olorum permita que sejamos respeitados! Tolerados não!

 

"Mitologia" ou maionese?

Dando uma "zapeada" rápida por alguns grupos pela internet afora, tenho percebido a olhos sem ter uma estatística que o número de postagens a respeito de neófitos procurando saber características, falanges, "vibrações", falas, usos, comidas, bebidas de entidades parece (parece) que está havendo uma diminuição deste tipo de procura.

Fiquei a pensar enquanto recolhia roupa do varal para ajudar dona Maria senhora minha esposa, o que leva um neófito a ir em busca destes subsídios.Seria falta de "mitos" de referência dentro da Umbanda atualmente? Ou será que nunca houve de fato Arquétipos bem definidos?Ou então a manifestação está "falha"? Falta orientação nas casas? Ou ainda, o neófito não contente com os ditos da entidade, quer "florear" o contexto? 

Olhando em algumas postagens, fóruns e blogs, sempre sobra na tarraqueta do tadinho do Exu.Poucas são as postagens a respeito de opiniões sobre "como é o Pai Alfredo Malaquias", ou "Preta velha Tia Benta".

A umbanda, pelo que parece, tem hoje uma "mitologia" própria, um panteão de "divindades" , de "entidades" Brasileiras, que mesmo que alguns afirmem que sejam espíritos quem tenham vivido em outros países , Dinamarca, Irlanda e Suécia  (engraçado....do Alaska até agora não vi....) o padrão segue um molde Brasileiro, em mecanização ritual.A menos que tenha entidade dançando Tirolesa e comendo  Pizza.Enfim....

Esta Mitologia, acredito eu, está caminhando a consolidação, e mesmo o Trickster Exu pelo que vejo nas leituras (seria uma reaproximação com o Candomblé?Ou uma linguagem própria?) está sendo "apenas" Exu, o compadre, o "malandro", sem a necessidade de variações, sendo mais mantido algumas "especializações" pelo nome:Tranca Ruas, Dos cemitérios, da calunga, das campinas ( Não é de campinas..kkkk).

Mas mesmo tendo uma mitologia própria se consolidando dia a dia, macumba a macumba, insistem em encher a linguiça, como se isto fosse dar dotes de intercâmbio maiores ao praticante.Pode dar sim mais "poder" perante aos incautos, aos desavisados, que pelo deslumbre ou pelos efeitos anímicos podem endeusar o conjunto, médium e entidade, as vezes viculando mais a figura do médium como divindade do que a própria.

Neste caso, realmente deixa de ser "mitologia" de Umbanda e passa a ser "maionese".Onde começa um e termina o outro?

Como diz um amigo, "passarinho que come pedra, sabe por onde sai.."
Ou se preferirem, "Orai e Vigiai" (não o rabo alheio, e sim o próprio..)

De brinde vai os links:
http://www.dhi.uem.br/gtreligiao/pdf/st8/Barros,%20Sulivan%20Charles.pdf

http://www.fazendogenero8.ufsc.br/sts/ST30/Charles_%20Barros_Sulivan_30.pdf

Que Olorum nos guie!    

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Institucionalização



Uma palavra bonita, não?


Tenho visto em algumas listas esta palavra correndo solta a boca grande entre os Umbandistas. Fui logicamente atrás do significado e passei a fazer o tico e o teco se encontrarem para um café para se algo iria brotar como conclusão.

Lendo um artigo, me chamou a atenção um que cita:

"Quanto maior for a rigidez dogmática, maior será a possibilidade de divergências
no interior da religião instituída, ou igreja. Quando falamos em religião
instituída como aquela que atingiu o máximo em sua construção dogmática,
temos de considerar que esta religião formou poderosa elite intelectual capaz
não somente de sustentar seus símbolos, mas também de oferecer alternativas
quando estes símbolos são contestados.


Quando a contestação se dá no campo intelectual, os contestários são geralmente
tolerados; no máximo são olhados com desconfiança pela ortodoxia e,vez por outra, sofrem pequenas advertências ou disciplinas. Neste caso, as querelas ainda laboram no campo do sagrado dominado. Os problemas surgem com maior gravidade quando pessoas ou grupos insatisfeitos com a rotina eclesiástica,
ou acicatados por situações de efervescência social, decidem liberar o sagrado em favor de uma religião mais emocional que possa amenizar os impactos situacionais do cotidiano. As mudanças institucionais, regra geral, têm início, não por contestação intelectual, mas pela liberação ao menos parcial do sagrado através de
formas emocionais de experiência religiosa."


fonte: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/conteudo/artigos_teses/ENSINORELIGIOSO/artigos3/experiencia_religiosa.pdf

Com base neste exposto e fazendo um retrospecto do que denominasse "Umbanda", vemos que desde a sua formação "ocidentalizada", usando como um parâmetro comum, um exemplo, a "Umbanda do Caboclo das Sete Encruzilhadas" , como consta em alfarrábios da época (embora haja contestações), Zélio foi um "revolucionário", um jovem que insatisfeito com a linhagem doutrinária kardecista, fez com que a "macumba" descesse o morro, e o kardecismo "encardiu", "pretejou".

Uma ruptura de valores exatamente como cita o texto, o uso de um forte emocional para o surgimento de uma nova forma de culto, digamos uma reciclagem do que já rolava e adaptado as condições em que a época necessitava. Lembremos que estamos falando de um período rico em transformações sócio-culturais, políticas e religiosas.

É inegável que mesmo antes deste advento as macumbas, os embandas, as cabulas, os Omolokos "comiam" soltos no sudeste, em especial na região do Rio de Janeiro até a costa do Espírito Santo, como cita João do Rio e embora eu pessoalmente não considere o Zélio como “Pai” da Umbanda, reconheço que foi um marco, se visto pelo prisma de “mito de formação”.Aliás, como cita José Henrique Motta de Oliveira em seu livro “Das Macumbas à Umbanda”, a construção de um mito, mesmo que tardiamente, não o desqualifica.Assim fez a Igreja Católica por exemplo com a data de Natal.

O ponto onde quero chegar depois deste imbróglio ( com g ou sem g?) é que mesmo com uma institucionalização da Umbanda hoje em dia, a partir do momento que ela seja “codificada” e “dogmatizada” por pessoas forte poder de persuasão e digo, até político, em dado momento uma ruptura poderia acontecer, caso houvesse uma centralização, um “Papado” de Umbanda. Não precisamos ir muito longe para observar isto.Basta observar terreiros em que a constância sem reciclagem dos dogmas causa a saída dos neófitos.

Quando falo em reciclagem, é o estudo,e a compreensão do mundo do próprio terreiro, e visões em relação aos outros segmentos dentro da própria Umbanda. Saber o que é Umbanda e suas formas ajuda  em muito o praticante como médium, "cavalo", quando se depara com uma situação em que o consulente veio de outra casa com resultados e questões que ele acha negativas (não acertou na mega sena) e passa a falar mal da antiga casa. Se o dito médium atendente não tem contexto, ele poderá inserir na primeira fala da entidade a sua opinião. Quanto mais o HD do médium tem dados, mais fácil fica para a entidade interagir com o meio humano.Isto não significa que o médium tenha que ser um PHd, mas no mínimo saber o que é a religião que pratica e as nuances que existem mundo afora.
A Própria igreja católica adotou esta prática da reciclagem de valores, mesmo às vezes sendo para pior, como no caso atualmente das declarações do Papa. Podemos até analisar as próprias igrejas evangélicas, que passaram também a adotar uma reciclagem de dogmas e ritos, haja visto que o show não pode parar.Chegou um momento em que “Só Jesus não salvava mais”.Era preciso a inserção de novos meios para alavancar novamente a fé, até com a cópia de ritos tipicamente Umbandistas, como descarrego e banhos de ervas e sal.

A umbanda fica realmente como diz Lisias Negrão,”entre a cruz e a encruzilhada”, pois ela precisa estar em movimento, se readaptando, porém acaba incorrendo no erro, ao meu modo de ver, do “tudo pode”, “tudo é permitido”.Na ânsia de uma renovação, de manter os fiéis encantados, os terreiros acabam aglutinando valores até então, antagônicos as suas doutrinas, no caso o aspecto Afro x Cristão, um choque de éticas. E do dia para a noite, em um terreiro que rezava Pai nosso em suas aberturas, passa a cantar Orikis quando baixam os “Orixás”.Deixam de ser “guias”. Mudam de categoria em apenas uma semana.

A Umbanda tem um grande atrativo, um grande poder que é o “Sagrado falando”, e ai reside um dos problemas, comparado ao final da citação da tese-artigo que pincei:

“As mudanças institucionais, regra geral, têm início, não por contestação
intelectual, mas pela liberação ao menos parcial do sagrado através de
formas emocionais de experiência religiosa."

Se a entidade “falar”, se o “caboclo” mandar quem irá contestar? São através destas experiências emocionais que acabam acontecendo as rupturas, e digamos porque não, algumas até providenciais quando em vez de dogmatismo, disciplina temos a ditadura. Neste caso acredito que realmente quando haja submissão a fórceps, escravidão, a Entidade “fala”, e com propriedades e letra maiúscula.

Acredito na constante interação do terreiro com a sociedade, tratando de assuntos como sexualidade, política, cidadania, sem que os valores de base do terreiro sejam extirpados. Tradição não pode ser confundida com alienação.

Institucionalizar a Umbanda talvez não seja o nome correto, pois ela passaria a ser de direitos e usos, propriedade de alguns ou de alguém, com já foi tentado em largo período. Aliás, basta lermos listas, fóruns e blogs o quanto temos de “Umbandas verdadeiras” e acusações de “Umbandas falsas” sendo descritas na internet.

Uma tática sórdida é desqualificar a religião alheia para esconder a incapacidade de definir a que pratica. Dou 250 motivos para que a Umbanda do vizinho não seja seguida, mas não consigo dar mais do que 10 de forma justificável para que a minha seja seguida. Novamente entra o apelo emocional, e não quando a promessa da salvação, do ganho rápido.

Do modo que a Umbanda está indo talvez não precisemos de a centralizar mas a divulgar.Quem sabe a expansão seja a melhor forma de institucionalizar, sendo de todos e não de poucos.

Que Olorum nos guie!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Livro "safadinho"




Que "livrinho" safadinho!!!!
Safado a ponto que adorei. Recomendo a leitura por aqueles que gostam de ver a história pelo lado B, aquilo que não aprendemos na escola primária e que foi contado segundo a conveniência da sociedade.
Uma pesquisa bem elaborada por Leandro Narloch, que foca desde os encontros entre índios e portugueses, passa pelo carnaval, pelo samba, guerra do Paraguai, pelo pai da aviação, entre outras "verdades" que estamos acostumados a escutar e ler.
Obviamente cabe dizer que tem algumas deduções próprias do autor, no preenchimento de lacunas.

Então, nem mesmo  livro, é uma verdade absoluta ou final.   

terça-feira, 4 de maio de 2010

Umbanda cibernética









Mesmo com todas as campanhas, mesmo com toda a divulgação que através dos fóruns e grupos de Umbanda que tem rolado na internet, tenho lá minhas dúvidas se quando chegar no momento "H" se os adeptos e praticantes da religião não irão vacilar e colocar outra opção.

Aliás, pode haver acredito eu uma inversão de dados neste censo. Umbandistas praticantes, de dentro do terreiro, "catulados, masserados, domados", "cavalos de toco", como dizemos no jargão popular, podem acabar omitindo dados,sem assumir a religião.Por outro lado, aqueles que vão como assistentes, podem acabar declarando que são Umbandistas ferrenhos, que não perdem nenhuma sessão, e cumprem todas suas obrigações como religioso.Enquanto escrevo, me veio a cabeça que pode ter surgido uma nova categoria de Umbandista: "O internético".

Seria aquele que vasculha todos os sites, lê todos os artigos, que tem 3129 vídeos de umbanda no youtube, está em quase todas comunidades no orkut, tem seu "congá" em casa, faz assentamentos a partir de receitas da internet, conhece tudo sobre Orisás, Voduns, inkices, catimbó, batuque, macumba, garrafadas mas não sabe desencravar a unha do próprio pé, ou seja, a PRÁTICA.

Não sei afirmar até o momento se é algo ruim, ou se serve para a difusão da religião.Talvez o perigo nestes vôos solos seja o fanatismo, ainda mais se não tem a figura do "Pai de Santo" como freio as viagens na maionese que por ventura (quase sempre) acontecem no começo.E mais ainda, quando de neófito passa a ser " Pai de Santo" virtual.Abençoado Pai Google que os protege!Amém!


Vejo em comunidades números espantosos, de 1.000, 2.000, 10.000 participantes!!!! mas serão todos Umbandistas? irão realmente grafar a sua crença no momento que a "mocinha" do censo pedir o preenchimento do questionário?
Até que ponto todos estes Umbandistas "virtuais" assumem a religião no mundo real?

Longe de fazer qualquer apologia a um levante religioso ( as armas irmãos!!! uma jihad Umbandista???) o mínimo neste censo será que os convictos em suas crenças que realmente marquem a opção "umbanda".

Somente espero que haja esta opção.

Que Olorum nos guie!
Exu, Senhor dos caminhos, mensageiro dos Orixás e as entidades que trabalham sob sua égide, os compadres, moças e mírins, Laroyê! Peço licença e pedido que este local seja fonte de conhecimento a aqueles que por aqui passarem, um encaminhamento a melhores e maiores fontes.

Que Olorum, Força criadora, presente em tudo e em todos nos guie a caminhos ternos e perenes!

A todos Os Orixás, Voduns e Inkices minhas reverências.As Entidades de Umbanda o meu agradecimento por mais este momento.
A todas as Religiões meus respeitos, em prol da cordialidade.


Axé!