sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Benzimento

Ola,
Salve, salve!!! Como diz o nosso Querido Silvio Luis, narrador esportivo.
Bom, estamos de volta trazendo assuntos do cotidiano e pensamentos desta cabeça que escreve aqui neste espaço cibernético.
Política? Por hora nem pensar, e se pensar, o estômago já começa a revirar. Acredito que votar seja como transar sem camisinha.Guardadas as devidas proporções, o risco é o mesmo.Tudo vai depender com quem se transa."O bebê de Rosemary"? Pelo visto nestas eleições está mais para "os Simpsons".

Vamos ao que interessa de verdade:Benzimento.

Quem no Brasil não tinha ou tem uma avó, tia, vizinha, mãe , tio , pai , conhecido que sabia curar olho gordo com benzimento, espinhela caida com rezas, com frases, com a pajelança e suas ervas, além dos "chazinhos" tão famosos na cultura popular?
Creio que a maioria tenha alguém assim com estas caracteristicas próximo, na família ou na comunidade.

"Benzimento" é uma cultura brasileira, típica destas terras.E não só por uma ou duas vertentes culturais, mas pela soma delas.Por exemplo, era muito comum irmos a uma benzedeira que rezava "ladainhas" (rezas baixas e rápidas) de origens católicas portuguesas, tinha imagens de santos e usava ervas? ou ainda gestuais de origem africana, com falas e totens católicas.

Nos grandes centros me parece que o benzedor é uma "espécie" em extinção.No interior talvez ainda resista ao antibióticos e a preservação desta cultura popular seja mantida.

Vale aqui uma resalva e alerta, que com o advento da internet, a informação corre muito mais, e hoje aparecem " erveiros" e "benzedores" a toda esquina, nos viadutos, vendendo fórmulas mágicas e rápidas de emagrecimento, de curas de cancêr, AIDS e outros males.Até de gripe suína.Tem que haver cuidado, pois segundo a legislação, pode ser enquadrado como "curandeirismo" e as penas não são muito brandas.
Na mesma linha, como sempre repito, é preferível um "cavalo" de Umbanda acender 30 velas, benzer do que receitar uma erva, pelo aspecto anímico, de ter lido "algo em algum lugar" e durante o transe lembra-se da erva e para impressionar, receitar ela ao consulente.

Nossas avós para receitar um chá, receberam a informação de suas mães e doravante, elas de suas mães e avós.Vamos fazer as contas? Se for fazer uma escala retroativa, algumas ervas foram testadas no uso prático por mais de 400 anos, até chegar aos dias de hoje, e não quando, banhos, chás mais complexos, já vieram mais do que depurados da Europa, África, Oriente e dos donos da terra, os índios aqui presentes.

É óbvio que o benzimento assim com a preparação dos chás é um dom uno, mas se perguntar a um benzedor em que ele teve como referêncial, ele irá dizer, que recebeu de seus pais e avós, sabendo toda a mecanização necessária para o sucesso do ato.

A questão é:Como é que funciona?
Eu digo:Fé, crença, intenção.
Nem vamos adentrar no momento devido aos meus lindos dedos cansados de teclar, no fator de deslocamento de energias, de campos magnéticos, entre outras coisas.Poderia citar por exemplo a teoria das cordas, que fala que vivemos em um "mar de energia" de ligações elétricas, eletrônicas em níveis menores que o átomo.Se uma borboleta na China causa um maremoto no México, quiça UM átomo que o "benzedor" consiga deslocar para uma molécula da pessoa necessitada de cura.Milagres podem ocorrer.

Deixo a deguste vídeo.

Abraços, Asé, asé,
Que Olorum nos guie!




Um comentário:

  1. Salve mano!

    Olha eu adorei essa matéria aqui.

    Aqui em Jacarepaguá tinhamos um senhora que chamavamos carinhosamente de Mantina. Até hoje não sei se era Mãe Tina, porém uma verdadeira rezadeira e parteira local.

    Muitos dos antigos aqui, nasceram pelas mãos dela.
    Fui testemunha de um caso de indicação a amputação de uma perna de uma determinada pessoa que ao trazê-la para ver a Srª Mantina ela pediu apenas uma lata de azeite do bom.
    E no dia seguinte observamos ela ir ao terreno, catar diversas ervas, colocar tudo em um pilão e deitar todo o azeite.
    Virou uma pasta ao qual ela cobriu a ferida, e rezou, rezou e rezou e avisou, volte em uma semana para retirarmos o curativo, não precisa se preocupar com a perna ela estará boa.
    Boa foi pouco pois nunca vi uma ferida ulcerada e grangenada em uma semana tornar-se curada, sem sequelas, sem marcas que apontassem que ali havia uma perna grangenada.

    Mantina infelismnte tornou-se mais uma estrela no Céu e todos nós que tivemos contato com ela, sentimos saudades de ter uma Grande Mãe sempre presente para nossas agunias.

    Jamais esquecerei da senhora minha Mãe.

    Sua benção e meus respeitos.

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