sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Que venham as Favas!



Hellou pouvo espectorante deste blougue !!!
Seguindo as publicações de nosso amigo Kambami, que venham as Favas, as do Àrìdan..kkk
Mas falando e escrevendo sério, o interessante é que as vezes literalmente tropeçamos em algumas ervas e raizes , sem termos a noção de como elas podem ter um fim culinário, terapeutico e religioso.Bom apetite!!!



A FAVA DE ÀRÌDAN
(Tetrapleura tetráptera)


Para muitos que entram para religiões afro começam aprendem a terem um contato mais intimo com ervas, folhas, frutos, cascas, sementes e favas.
Aqui farei um descrição sobre a fava de àrìdòn ( Aridan, Alidan, Kiaka, Angulu, Munyegenye e etc...). Há de fato uma infinidade de nomes usados para esta fava.
A Fava consiste em um envólucro que protege as sementes e em algumas espécies são usadas ainda verdes como leguminosas em outros espera-se que amadureçam e sequem para serem trituradas ou delas serem retiradas suas sementes.
Esta fava é muito conhecida no Candomblé pois faz parte indispensável do Ritual iniciático de qualquer neófito.
Seu uso é exatamente no sentido da proteção que vai efetuar ao inicado quando misturada claro a outras no preparo do pó sagrado que também irá receber em cada vertente seu nome específico como atín, monakongue, pemba e etc...
Estes pós vistos como sagrados dentro da cultura religiosa servem para criar um fechamento do corpo mediúnico colocando o então iniciado em estado de alteração necessária para seu estado de transe mediúnico com seu Orixá, Inkisi ou Vodun.
Não é por acaso que muitos velhos da vertente Djeje costumam chamar esta fava de AliDan pois Dan nessa cultura é uma serpente e Ali uma palavra introduzida da cultura Egípcia que tem o significado de Elevado, Admirável, referencia essa que damos a Deus logo o entendimento natural seria  AliDan ( Cabeça da cobra ) bem parecida mesmo com a fava.

A Cabeça nesse sentido faz  alusão ao estado em que se encontra o neófito no ato de sua inicação pois o pó que se prepara com a fava serve para abrir os chacras mediúnicos ao ponto da percepção do médium iniciado ter uma capacidade acima da que teria como uma pessoa comum em estado normal, por esse motivo só pode dar vida a um inicado quem assim o foi.


A cobra tem o valor que ultrapassa o entendimento cultural Fon pois é símbolo de diversas outras culturas e em seu significado maior podemos entender o da eternidade.


Por outro lado os fatores químicos contidos nessa fava foram estudados e qualificados para diversas finalidades.
Usada largamente em alguns países como tempero para alimentos, remédios, cremes e até bebidas.

“Prekese é o nome dado na língua Twi para a árvore Tetrapleura tetraptera (Leguminosae); Prekese, também é o nome dado a  bebida de ervas com extratos da fruta Tetrapleura tetraptera, basicamente um gin. O fruto tem baixo teor de sódio, rico em potássio, ferro, magnésio, fósforo e vitamina C. A fruta seca que está disponível em lojas de Gana e em Londres é usada na culinária.

Estudo biológico tem mostrado que o extrato Prekese tem algumas ações terapêuticas úteis para hipertensão e asma. Componentes ativos incluem Scopletin que parece ter uma ação relaxante sobre o músculo liso, ajudando a aliviar a constrição nos bronquíolos do pulmão, e em vasos sanguíneos constridos. A pesquisa mostrou que Tetrapleura tetraptera também tem anti-ulcerogênica, mollusicidal, e ação anti-microbiana.” (Tradução livre do site
http://www.nkran.net/food_and_drink.jsp por Cláudio Kambami).

Abrange indicações moluscicida e é usada contra a esquitossomose. Também é usada como cardiovascular, neuromuscular, antinflamatório, bactericida, hanseníase e acreditem, como um veneno paralizante para peixes bem parecido com o uso que nossos índios fazem com a casca de determinadas ervas da amazônia para tal finalidade. 

(Por Cláudio Kambami) 


Nenhum comentário:

Postar um comentário